domingo, 2 de março de 2008
chegança
Chegança
... EbOka trouxe em seu alforje,
Memórias pra ouvir e cantar,
Quando uma história abre a boca,
Espalha encantos aos quatro ventos,
Os ventos sopram aos quatro cantos,
O canto o encanto vai começar ...
(Verlucia Nogueira)
PEQUENAS ÁFRICAS BRASIS sinopse
EbOka canta e conta diferentes contos e lendas tradicionais Afro-brasileiros e Africanos, dentre eles:
A poética Criação dos seres segundo mitologias Africanas;
A história da humilde Vendedora de Azeites de dendê que ficou rica;
Alguns causos de encantarias no Brasil: o do menino que era filho da cobra e de um tio que virava baleia;
O causo de como o Orixá Ifá com ajuda de Exu, conquistou o cargo de Adivinho;
Por fim, a história das histórias, em que, com a participação e intervenção do público, reconstruímos o caminho que essas “Pequenas Áfricas Brasis” fizeram até chegarem aos nossos ouvidos e bocas.
Duração 50 min.
Obra baseada em contos de tradição oral
A poética Criação dos seres segundo mitologias Africanas;
A história da humilde Vendedora de Azeites de dendê que ficou rica;
Alguns causos de encantarias no Brasil: o do menino que era filho da cobra e de um tio que virava baleia;
O causo de como o Orixá Ifá com ajuda de Exu, conquistou o cargo de Adivinho;
Por fim, a história das histórias, em que, com a participação e intervenção do público, reconstruímos o caminho que essas “Pequenas Áfricas Brasis” fizeram até chegarem aos nossos ouvidos e bocas.
Duração 50 min.
Obra baseada em contos de tradição oral
Conte um conto...
Abrimos este espaço para sugestões de contos tradicionais.
Se desejarem, podem escreve-los aqui ou, postar uma forma de acessar essas histórias...
Obrigada!
oMÓ eJô
O fIlhO da cOBra
Quem já ouviu a história do menino da cobra?
Bom, eu ouvi,
E quem me contou foi a Tianinha.
Tianinha conhecia bem 'esse tal menino'
Porque ele era o irmão mais novo de Lucinha,
Amiga de Tianinha.
Era um menino
Como todo menino: Adorava brincar!
Mas, quase sempre, brincava sozinho.
É que ele era bem mais novo que seus irmãos
e eles já não tinham tanto tempo para brincar.
Então, ele brincava só e até gostava!
E o que ele mais gostava era de brincar à beira do rio...
Gostava tanto, que lá passava todas as tardes brincando.
Um certo dia,
o irmão mais velho viu o menino ali perto do rio e
Resolveu ir até lá para brincar com ele.
Só que, ainda meio de longe...
Ele percebeu que o menino estava todo enrolado numa 'Enorme Cobra'...
E assustado, foi correndo pra casa chamar o pai.
Em casa,
o pai mal entendia o que ‘o irmão’ falava...
Resolveu sair atrás do menino,
para que nada de mal acontecesse com ele.
E quando o pai ía saindo,
Viu o menino voltando.
Vinha alegre e sorridente,
Como se nada tivesse acontecido.
O pai e o irmão, não entenderam nada!
Mas, combinaram de seguir o menino se ele fosse pra 'aquelas bandas' do rio...
E logo no dia seguinte, quando o menino saiu para brincar,
Já foi caminhando em direção ao rio
'onde ele tanto gostava de brincar'
O pai e o irmão o seguiram, sem que ele percebesse.
Quando o menino chegou à beira do rio, sentou-se.
Então, o pai se escondeu ali perto, atrás de uma árvore...
de onde viu que nem bem o menino havia sentado, já vinha vindo de dentro da água uma ‘enorme cobra’...
Para o grande espanto deles, o menino e a cobra pareciam ser grandes amigos.
O Pai, segurava a espingarda, todo se tremendo sem saber o que fazer.
Então,
Quando cansaram de brincar e se separaram 'o menino e a cobra'...
O pai deu um tiro na cobra!
A cobra sumiu...
Nesse mesmo instante, o menino caiu desmaiado...
O pai pensou que tinha ferido o menino.
Correu, pegou o menino nos braços, e viu que
o menino estava bem,
não estava ferido,
embora continuasse desmaiado.
Então, o pai levou o menino desmaiado para casa...
Chegando em casa, 'chamou o doutor, chamou o rezador'.
Mas, o menino não acoradava.
E assim, durante alguns dias,
Vieram muitas pessoas à casa de Lucinha
Rezar, Cantar, levar presentes...
Tudo isso, tentando animar o menino,
'e nada desse menino se animar'
Até que quando completou 14 dias,
O menino sentou-se de repente,
E disse ao seu pai:
"Babá mi, babá mi,
iuó pá mi!
Babá mi, babá mi,
pá Eledá mi!
Babá mi, babá mi,
emagbabê mi..."
Foi assim que o menino despediu-se de todos daquele lugar...
E quando ele terminou de dizer essas palavras,
todos que ali estavam, viram um esqueleto de uma cobra gigante
Aparecer e desaparecer sem explicação.
Depois disso, o povo daquele lugar,
dizia que o menino era o OMÓ EJô
'O Filho da Cobra'
Fonte: 'Contos Nagô' recolhidos por mestre Didi (Descoredes M. dos Santos)
Adaptação: Verlucia Nogueira
PEQUENAS ÁFRICAS BRASIS
EbOka _ Cantar e Contar apresenta
PEQUENAS ÁFRICAS BRASIS
Teatro-musical baseado em contos, cantos e ritmos da tradição Afro-brasileira
PEQUENAS ÁFRICAS BRASIS mostra alguns aspectos da rica cultura Afro-brasileira.
No formato teatro-musical reúne canções tradicionais e composições criadas a partir de ritmos afro-brasileiros com contos da tradição oral , costurados por histórias e mitologias da África e do Brasil.
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